Seletividade Alimentar

Sobre a Seletividade Alimentar

Seletividade alimentar é uma condição caracterizada por uma restrição de leve à severa na variedade de alimentos que uma pessoa aceita comer. Isso pode incluir a rejeição de determinados grupos alimentares, texturas, cores, ou apresentações dos alimentos, englobando até mesmo a louça utilizada. A seletividade alimentar é comum em crianças, mas também pode ocorrer em adultos e é frequentemente associada a condições como Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Sinais e Riscos

  • Recusa persistente de alimentos com certas texturas, cores ou cheiros;
  • Preferência por um número muito limitado de alimentos;
  • Episódios de choro, birras ou estresse na presença de novos alimentos;
  • Baixa ingestão de frutas e vegetais;
  • Distúrbios gastrointestinais, como constipação ou desconforto abdominal;
  • Ansiedade e estresse relacionados à alimentação;
  • Dependência excessiva de alimentos processados ou específicos;
  • Resistência a mudanças na rotina alimentar.

 

Os riscos associados à seletividade alimentar incluem:

  • Deficiências nutricionais, como falta de vitaminas e minerais essenciais.
  • Problemas de crescimento e desenvolvimento em crianças.
  • Baixo peso corporal e problemas de saúde relacionados.
  • Dificuldades sociais durante refeições em grupo ou eventos sociais.
  • Aumento do risco de desenvolver transtornos alimentares na adolescência e vida adulta.

Avaliação no Instituto Carrer Reabilitação

A avaliação da seletividade alimentar no Instituto Carrer Reabilitação é abrangente e adaptada às necessidades individuais de cada criança. Inclui:

  1. Histórico Alimentar e Entrevista Inicial: Coleta de informações detalhadas sobre os padrões alimentares da criança, histórico médico e comportamental, e possíveis fatores desencadeantes.
  2. Observação Durante as Refeições: Avaliação do comportamento da criança durante as refeições em diferentes ambientes, identificando padrões de aceitação e rejeição de alimentos.
  3. Perfil Sensorial: Uso de instrumentos padronizados para avaliar a resposta da criança a diferentes estímulos sensoriais relacionados à alimentação.
  4. Entrevista com os Pais e Cuidadores: Coleta de informações sobre as estratégias alimentares utilizadas em casa e expectativas dos cuidadores.
  5. Desenvolvimento de um Plano Terapêutico Individualizado: Criação de um plano de intervenção personalizado, adaptado às necessidades e objetivos do paciente e sua família.

Tratamento na Terapia Ocupacional

O tratamento da seletividade alimentar na Terapia Ocupacional no Instituto Carrer Reabilitação é focado em melhorar a aceitação alimentar e a diversidade na dieta da criança. Inclui:

  1. Terapia de Exposição Gradual: Introdução lenta e sistemática de novos alimentos para reduzir a aversão e aumentar a aceitação, essa exposição pode ser visual, olfativa, tátil, de acordo com a tolerância apresentada.
  2. Integração Sensorial: Atividades para ajudar a criança a processar e responder de maneira mais adequada aos estímulos sensoriais relacionados à alimentação.
  3. Modelagem e Reforço Positivo: Uso de técnicas de modelagem e reforço positivo para incentivar a experimentação de novos alimentos.
  4. Criação de Rotinas Alimentares Positivas: Estabelecimento de rotinas de refeição consistentes e agradáveis para reduzir o estresse e a ansiedade.
  5. Educação e Suporte aos Pais: Orientações contínuas para que os pais possam apoiar a intervenção terapêutica em casa, incluindo estratégias práticas e recursos educativos.

 

No Instituto Carrer Reabilitação, a Terapia Ocupacional para crianças com seletividade alimentar é centrada em uma abordagem individualizada. Nosso objetivo é promover uma alimentação saudável e variada, reduzindo a aversão a novos alimentos e melhorando a aceitação alimentar. Trabalhamos em estreita colaboração com as famílias para desenvolver estratégias eficazes e sustentáveis que possam ser integradas na rotina diária, ajudando a criança a alcançar um equilíbrio nutricional adequado e uma melhor qualidade de vida.

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FAQ

Os avanços recentes no uso de intervenções sensoriais para crianças com seletividade alimentar incluem:

  1. Terapia de Integração Sensorial: Foca em reduzir a sensibilidade a texturas e sabores, ajudando as crianças a se tornarem mais confortáveis com uma variedade maior de alimentos. As sessões incluem atividades que expõem gradualmente as crianças a novos alimentos de maneira não ameaçadora (Journal of Autism and Developmental Disorders, 2023).
  2. Programas de Dessensibilização Gradual: Utilizam uma abordagem passo a passo para introduzir novas texturas e sabores, começando com exposições indiretas e avançando para tentativas de degustação direta (Children's Therapy Journal, 2023).
  3. Intervenções Baseadas em Jogos: Jogos sensoriais que envolvem diferentes alimentos e texturas são usados para tornar a experiência de tentar novos alimentos mais divertida e menos estressante para as crianças (Frontiers in Pediatrics, 2023).

A terapia ocupacional está utilizando abordagens interdisciplinares de várias maneiras:

  1. Colaboração com Nutricionistas: Terapeutas ocupacionais trabalham em conjunto com nutricionistas para garantir que as necessidades nutricionais das crianças sejam atendidas, enquanto abordam questões sensoriais e comportamentais relacionadas à alimentação (Pediatric Occupational Therapy Journal, 2023).
  2. Parcerias com Fonoaudiólogos: Trabalham junto com fonoaudiólogos para melhorar as habilidades orais-motoras, facilitando a aceitação de diferentes texturas e consistências de alimentos (Journal of Pediatric Therapy, 2023).
  3. Envolvimento Familiar: Integração de membros da família no processo terapêutico para criar estratégias de alimentação que possam ser implementadas em casa, garantindo a continuidade do progresso fora do ambiente clínico (Children's Therapy Journal, 2023).

Os novos métodos de avaliação incluem:

  1. Questionários Padronizados: Utilização de ferramentas como o "Brief Autism Mealtime Behavior Inventory" para avaliar comportamentos alimentares específicos durante as refeições (MDPI, 2023).
  2. Observações Diretas: Avaliações em diferentes ambientes, como casa e escola, para observar como as crianças interagem com os alimentos e identificar padrões de seletividade (Journal of Autism and Developmental Disorders, 2023).
  3. Análises Sensoriais: Testes específicos para avaliar a resposta sensorial das crianças a diferentes texturas, sabores e temperaturas de alimentos, ajudando a personalizar as intervenções (SpringerLink, 2023).

As abordagens comunitárias incluem:

  1. Programas de Suporte para Pais: Oferecem treinamento e recursos para pais, ajudando-os a implementar estratégias de alimentação em casa e a lidar com os desafios diários relacionados à seletividade alimentar (Frontiers in Pediatrics, 2023).
  2. Grupos de Alimentação em Grupo: Sessões de terapia em grupo que permitem que crianças experimentem novos alimentos em um ambiente social, promovendo a aceitação através da observação e imitação de pares (Journal of Pediatric Therapy, 2023).
  3. Parcerias com Escolas: Colaboração com escolas para criar ambientes alimentares inclusivos e estratégias de suporte durante as refeições escolares (Children's Therapy Journal, 2023).

Os desafios e oportunidades incluem:

  1. Complexidade das Preferências Alimentares: A ampla variabilidade nas preferências alimentares exige intervenções altamente personalizadas, o que pode ser desafiador em termos de recursos e tempo (Journal of Autism and Developmental Disorders, 2023).
  2. Inovações Tecnológicas: O uso de tecnologias como aplicativos de monitoramento alimentar e feedback sensorial em tempo real oferece novas oportunidades para personalizar as intervenções e monitorar o progresso de maneira mais eficaz (MDPI, 2023).
  3. Capacitação dos Pais: Treinamento contínuo e suporte para pais podem aumentar a eficácia das intervenções, garantindo que as estratégias sejam aplicadas de maneira consistente fora do ambiente clínico (Frontiers in Pediatrics, 2023).
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