Apraxia de fala

Sobre a Apraxia de fala

A apraxia de fala é um distúrbio neurológico que afeta a capacidade de planejar e coordenar os movimentos musculares necessários para a fala. Indivíduos com apraxia de fala sabem o que querem dizer, mas têm dificuldade em mover os músculos da boca de maneira correta e consistente para produzir os sons da fala. A condição pode ocorrer em crianças (apraxia de fala infantil) ou em adultos, geralmente como resultado de um acidente vascular cerebral (AVC) ou uma lesão cerebral.

Sinais e Riscos

  • Dificuldade em formar sons e palavras: Problemas em produzir os sons da fala corretamente.
  • Erro inconsistente de som: O mesmo som pode ser pronunciado de maneira diferente em tentativas diferentes.
  • Dificuldade em sequenciar sons: Problemas em colocar os sons na ordem correta para formar palavras.
  • Esforço visível para falar: Movimentos exagerados da boca e da face ao tentar falar.
  • Prosódia anormal: Alterações no ritmo, entonação e velocidade da fala.
  • Frustração e ansiedade: Sentimentos de inadequação e frustração devido às dificuldades de comunicação.
  • Isolamento social: Tendência a evitar interações sociais devido à dificuldade em se comunicar.
  • Dificuldades cognitivas: Problemas de memória e atenção podem estar presentes.
  • Problemas emocionais: Depressão e ansiedade relacionadas à condição.

 

Os riscos associados à apraxia de fala incluem:

  • Lesões cerebrais traumáticas.
  • Acidente vascular cerebral (AVC).
  • Tumores cerebrais.
  • Doenças neurodegenerativas.
  • Em crianças, as causas podem ser desconhecidas, mas acredita-se que fatores genéticos possam estar envolvidos.

Avaliação no Instituto Carrer Reabilitação

A avaliação da apraxia de fala na Fonoaudiologia no Instituto Carrer Reabilitação é abrangente e personalizada, considerando as necessidades específicas de cada paciente. Inclui:

  1. Histórico Clínico Completo: Coleta de informações detalhadas sobre o início e a progressão dos sintomas, histórico médico e familiar.
  2. Entrevista Clínica: Discussão sobre as dificuldades de comunicação, impacto na vida diária e objetivos de tratamento.
  3. Exame de Motricidade Oral: Avaliação da força, coordenação e movimento dos músculos envolvidos na fala.
  4. Teste de Produção de Sons e Palavras: Avaliação da capacidade de produzir sons isolados, sílabas e palavras, observando a precisão e consistência.
  5. Avaliação da Sequenciação de Movimentos: Testes para avaliar a habilidade de sequenciar movimentos da fala, incluindo repetição de frases e palavras complexas.

Tratamento na Fonoaudiologia

O tratamento da apraxia no Instituto Carrer Reabilitação é focado em abordagens personalizadas e baseadas em evidências que promovem a clareza e a eficiência da fala. Inclui:

  1. Terapia de Produção de Sons: Exercícios intensivos para praticar a produção de sons específicos e combinações de sons.
  2. Terapia de Sequenciação de Movimentos: Atividades que ajudam a melhorar a capacidade de sequenciar os movimentos necessários para a fala.
  3. Técnicas de Melodia e Ritmo: Uso de canto e entonação para facilitar a produção de fala fluente.
  4. Dispositivos de Comunicação Assistiva: Ferramentas e tecnologias para apoiar a comunicação em casos de apraxia severa.
  5. Educação e Suporte Familiar: Instruções para a família e cuidadores sobre como apoiar a comunicação do paciente e melhorar a interação diária.

 

No Instituto Carrer Reabilitação, a abordagem para o tratamento da apraxia de fala através da Fonoaudiologia é centrada no paciente e adaptada às suas necessidades específicas. Nossa equipe multidisciplinar trabalha para melhorar a clareza e a eficiência da fala. Nosso objetivo é proporcionar um ambiente de apoio e estímulo, ajudando cada paciente a superar suas dificuldades de comunicação e melhorar a qualidade de vida.

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FAQ

Avaliação de Variabilidade na Produção de Fala: Estudos recentes sugerem que a avaliação da variabilidade na produção de fala pode ser um indicador útil da instabilidade dos planos motores em crianças com apraxia de fala. Intervenções que visam reduzir essa variabilidade têm mostrado eficácia na melhoria da precisão da fala (Lim et al., 2023).

Análise de Estresse Prosódico e Segmentação Silábica: Avaliar o estresse prosódico e a segmentação silábica em palavras e frases não tratadas pode fornecer insights sobre a gravidade e a progressão da apraxia de fala, permitindo ajustes precisos nos planos de tratamento (McCabe et al., 2023).

Escalas de Classificação Específicas para Apraxia de Fala: A utilização de escalas de classificação, como a Apraxia of Speech Rating Scale, oferece um método padronizado para avaliar a gravidade e monitorar a evolução da apraxia de fala ao longo do tempo (Duffy et al., 2023).

Biofeedback com Ultrassom: O uso de biofeedback com ultrassom permite que as crianças visualizem os movimentos articulares em tempo real, ajudando a corrigir erros na produção da fala. Este método tem se mostrado eficaz em melhorar a precisão articulatória (McCabe et al., 2023).

Aplicativos de Reabilitação de Fala: Aplicativos móveis, como o Constant Therapy, oferecem exercícios de reabilitação personalizados que podem ser realizados em casa, proporcionando uma continuidade no tratamento e melhorando a adesão (Springle et al., 2020).

Tratamentos Baseados em Realidade Virtual: A realidade virtual está sendo explorada para criar ambientes imersivos onde as crianças podem praticar habilidades de fala em cenários simulados, promovendo um aprendizado mais envolvente e realista (Lim et al., 2023).

Terapia de Transição Rápida de Sílabas (ReST): A Terapia de Transição Rápida de Sílabas se concentra em melhorar a precisão das transições sílabas em palavras e tem mostrado resultados promissores em ensaios clínicos com crianças em idade escolar (McCabe et al., 2023).

Estimulação Temporal e Táctil Dinâmica (DTTC): Este método utiliza pistas temporais e táteis para ajudar na formação de sequências motoras da fala, sendo especialmente eficaz em tratamentos intensivos e de alta frequência (Springle et al., 2020).

Programação Motora Incremental: Abordagens que integram a programação motora incremental, ajustando gradualmente a complexidade das tarefas de fala, têm mostrado melhorar significativamente a inteligibilidade e a precisão da fala (McCabe et al., 2023).

Adesão ao Tratamento: Manter a adesão ao tratamento pode ser desafiador, especialmente em contextos domiciliares. Ferramentas digitais que monitoram o progresso e oferecem feedback podem ajudar a mitigar esses desafios (Josephs et al., 2021).

Recursos e Treinamento de Cuidadores: A disponibilidade de recursos tecnológicos e o treinamento adequado dos cuidadores são essenciais para garantir que os exercícios sejam realizados corretamente em casa (Springle et al., 2020).

Variabilidade na Resposta ao Tratamento: A variabilidade nas respostas ao tratamento entre diferentes crianças destaca a necessidade de abordagens personalizadas e ajustáveis que considerem as características individuais de cada paciente (Lim et al., 2023).

Integração de Neuroplasticidade nas Intervenções: Pesquisas estão explorando como a neuroplasticidade pode ser aproveitada para remodelar os circuitos neurais associados à produção da fala, utilizando práticas intensivas e repetitivas (Utianski et al., 2021).

Subtipagem da Apraxia de Fala: A identificação de subtipos específicos de apraxia de fala permite intervenções mais precisas e eficazes, adaptadas às características individuais dos pacientes (Whitwell et al., 2017).

Uso de Biomarcadores para Predição de Resultados: Biomarcadores estão sendo investigados para prever a resposta ao tratamento e ajustar as intervenções de forma mais eficaz e personalizada (Research Sydney, 2024).

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