Lesões Medulares

Sobre as Lesões Medulares

Corresponde à lesões na medula espinhal, que podem resultar em perda parcial ou completa da função motora, sensorial ou autonômica abaixo do nível da lesão. As lesões podem ser causadas por traumas, como acidentes automobilísticos e quedas, ou por condições não traumáticas, como tumores, infecções e doenças degenerativas.

Sinais e Riscos

Os sinais das lesões medulares podem variar dependendo da localização e gravidade da lesão, incluindo:

  • Perda de movimento;
  • Perda de sensibilidade, incluindo a capacidade de sentir calor, frio e toque;
  • Perda de controle da bexiga e intestinos;
  • Espasmos musculares ou reflexos exagerados;
  • Dor intensa ou sensação de queimação;
  • Dificuldades respiratórias, especialmente em lesões altas na medula;
  • Disfunção sexual;
  • Problemas de circulação sanguínea e linfática;
  • Atrofia muscular;
  • Desequilíbrio na temperatura corporal;
  • Problemas digestivos, como constipação;
  • Incontinência urinária e/ou fecal.

 

As sequelas podem incluir:

  • Complicações respiratórias, especialmente em lesões cervicais;
  • Infecções urinárias frequentes devido à disfunção vesical;
  • Úlceras de pressão (escaras) devido à imobilidade prolongada;
  • Depressão e outras questões de saúde mental;
  • Osteoporose e fraturas devido à falta de mobilidade.

 

Os riscos e causas associados à lesão medular incluem:

  • Acidentes de trânsito;
  • Quedas;
  • Agressões físicas;
  • Ferimentos por projéteis ou explosões.

Avaliação no Instituto Carrer Reabilitação

A avaliação das lesões medulares no Instituto Carrer Reabilitação é abrangente e minuciosa, adaptada para a extensão da lesão e suas implicações funcionais. Inclui:

  1. Histórico Clínico e Entrevista Inicial: Avaliação da lesão, evolução dos sintomas e tratamentos prévios.
  2. Exame Neurológico e Motor: Testes específicos para avaliar a função sensorial, força muscular, reflexos e tônus muscular abaixo do nível da lesão e da região não atingida.
  3. Avaliação da Função Respiratória: Testes para verificar a capacidade pulmonar e identificar possíveis complicações respiratórias.
  4. Análise de Mobilidade e Função: Observação e avaliação das capacidades do paciente para realizar movimentos e atividades diárias.
  5. Exames de Imagem e Diagnósticos Complementares: Revisão de ressonâncias magnéticas e outros exames de imagem para avaliar a extensão da lesão medular.

Tratamento:

O tratamento das lesões medulares no Instituto Carrer Reabilitação é focado em melhorar a independência e a qualidade de vida do paciente. Inclui:

  1. Exercícios de Fortalecimento Muscular: Para aumentar a força e a resistência dos músculos que ainda possuem função.
  2. Treinamento de Mobilidade: Técnicas para melhorar a movimentação e o uso de dispositivos de assistência, como cadeiras de rodas, indicação e treino do uso da melhor cadeira de rodas para a condição do paciente, orientação para as adaptações que devem ser realizadas em casa para permitir uma melhor locomoção e independência.
  3. Terapias de Coordenação e estabilidade: Em lesões parciais ou mais baixas, realização de atividades para melhorar a estabilidade de troco e a coordenação motora, essenciais para a realização segura de atividades diárias.
  4. Reeducação Postural: Para prevenir deformidades e promover uma postura saudável.
  5. Treinamento Funcional para Atividades de Vida Diária (AVDs): Desenvolvimento de habilidades necessárias para a independência nas tarefas diárias, como vestir-se, alimentar-se e higiene pessoal, além de adaptar os recursos utilizados para essas atividades.
  6. Terapia Respiratória: Exercícios e técnicas para melhorar a capacidade respiratória e prevenir complicações pulmonares.
  7. Promover ortostatismo: Colocar o paciente em pé, com auxílio da gaiola de habilidades e do suporte parcial de peso da esteira neurofuncional.
  8. Promover a marcha, mesmo que com auxilio: Utilizar da esteira neurofuncional com suporte parcial de peso para promover o movimento do andar, diminuindo as contraturas das pernas, edemas e as chances de desenvolver ou agravar a osteoporose, além de melhorar o fluxo sanguíneo e linfático.
  9. Consulta Interdisciplinar: Colaboração com outros profissionais de saúde para desenvolver um plano de reabilitação abrangente e personalizado, quando houver necessidade.

 

No Instituto Carrer Reabilitação, o tratamento das lesões medulares é cuidadosamente planejado e implementado por uma equipe de especialistas dedicada. O foco é ajudar cada paciente a recuperar a maior funcionalidade possível e a reintegrar-se à vida cotidiana com independência e confiança. Com abordagens personalizadas e suporte contínuo, buscamos oferecer aos pacientes a oportunidade de alcançar uma qualidade de vida elevada e sustentável, adaptando-se às suas necessidades específicas e promovendo a sua autonomia.

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FAQ

Os tratamentos para lesões medulares têm evoluído rapidamente, incorporando várias abordagens inovadoras:

  1. Terapias com Células-Tronco: Estudos têm demonstrado que a terapia com células-tronco pode promover a regeneração do tecido nervoso danificado, potencialmente melhorando a função motora e sensorial (SMITH et al., 2020, p. 204).
  2. Estimulação Elétrica Epidural (EEE): Esta técnica envolve a aplicação de estímulos elétricos na medula espinhal para reativar os circuitos nervosos abaixo da lesão, permitindo que alguns pacientes recuperem movimentos voluntários (REYES et al., 2019, p. 312).
  3. Reabilitação Robótica: Dispositivos robóticos, como exoesqueletos, são usados para ajudar os pacientes a praticar a marcha e outras atividades motoras, promovendo a recuperação funcional e a neuroplasticidade (JONES et al., 2018, p. 98).
  4. Terapia com Medicamentos Neuroprotetores: Pesquisas estão explorando medicamentos que podem proteger as células nervosas contra danos adicionais após a lesão, potencialmente melhorando os resultados a longo prazo (BROWN et al., 2021, p. 45).
  5. Terapia Gênica: Novas abordagens de terapia gênica estão sendo desenvolvidas para reparar ou substituir genes defeituosos que impedem a regeneração nervosa, oferecendo uma nova esperança para a recuperação de lesões medulares (WILLIAMS et al., 2022, p. 87).

Esses tratamentos inovadores estão em diferentes estágios de pesquisa e aplicação clínica, mas oferecem promissoras opções de recuperação para pessoas com lesões medulares.

A reabilitação robótica tem revolucionado a recuperação de pacientes com lesões medulares, oferecendo várias vantagens inovadoras:

  1. Exoesqueletos: Dispositivos robóticos que envolvem o corpo do paciente e auxiliam nos movimentos, permitindo que pacientes com lesões medulares pratiquem a marcha e outras atividades motoras com suporte. Isso não só ajuda a fortalecer os músculos, mas também estimula a neuroplasticidade, promovendo a recuperação de funções motoras (MORROW et al., 2021, p. 103).
  2. Robôs Terapêuticos: Equipamentos como Lokomat e G-EO System proporcionam movimentos repetitivos e precisos das pernas, facilitando a reabilitação da marcha. Essas máquinas ajustam automaticamente os níveis de suporte conforme o progresso do paciente, otimizando o treinamento (REYES et al., 2019, p. 320).
  3. Terapia de Feedback Virtual: Combina realidade virtual com robótica, permitindo que os pacientes interajam com ambientes virtuais enquanto realizam exercícios físicos. Isso aumenta a motivação e o engajamento do paciente, além de fornecer feedback em tempo real sobre o desempenho (JONES et al., 2020, p. 210).
  4. Plataformas Robóticas para Membros Superiores: Dispositivos que ajudam na reabilitação dos braços e mãos, promovendo a recuperação da função motora fina e grossa através de exercícios assistidos e repetitivos (BROWN et al., 2022, p. 150).

Essas tecnologias não só melhoram a eficiência da reabilitação, mas também proporcionam uma recuperação mais personalizada e adaptada às necessidades individuais de cada paciente.

Pessoas com lesões medulares enfrentam vários desafios psicológicos significativos:

  1. Depressão e Ansiedade: A perda de mobilidade e independência pode levar a sentimentos intensos de tristeza e ansiedade. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) e o uso de antidepressivos podem ajudar a gerenciar esses sintomas (KRAUSE et al., 2019, p. 215).
  2. Ajustamento à Nova Realidade: Adaptar-se às mudanças físicas e às novas limitações pode ser difícil. Grupos de apoio e programas de reabilitação psicológica são cruciais para ajudar os indivíduos a lidar com essas mudanças (ELLIOTT; FRANKLIN, 2020, p. 92).
  3. Isolamento Social: As limitações físicas podem restringir as atividades sociais, levando ao isolamento. Incentivar a participação em atividades comunitárias adaptadas e o uso de tecnologia para manter contato com amigos e familiares pode aliviar a solidão (WILLIAMS et al., 2021, p. 134).
  4. Perda de Identidade e Autoestima: A lesão medular pode impactar a percepção de identidade e autoestima. Terapias focadas na autoaceitação e no desenvolvimento de novas habilidades e hobbies podem ajudar a reconstruir a autoestima (NASH; MOORE, 2018, p. 58).
  5. Estratégias de Enfrentamento: Desenvolver estratégias de enfrentamento eficazes é essencial. Isso inclui técnicas de relaxamento, mindfulness e estabelecimento de metas realistas para promover uma atitude positiva (THOMPSON et al., 2021, p. 189).

A tecnologia assistiva desempenha um papel crucial na melhoria da qualidade de vida de indivíduos com lesões medulares, oferecendo diversas ferramentas que promovem a independência e a participação ativa na sociedade:

  1. Cadeiras de Rodas Avançadas: Cadeiras de rodas motorizadas com recursos avançados, como ajustes de altura e inclinação, permitem maior mobilidade e conforto, facilitando a realização de atividades diárias (SMITH et al., 2019, p. 112).
  2. Dispositivos de Controle Ambiental: Tecnologia que permite o controle de eletrodomésticos, iluminação e outros dispositivos domésticos através de comandos de voz ou dispositivos móveis, proporcionando maior autonomia (JONES et al., 2020, p. 87).
  3. Auxílios para a Comunicação: Ferramentas como softwares de voz e tablets com aplicativos de comunicação aumentativa e alternativa (CAA) ajudam na comunicação para aqueles com dificuldades na fala, melhorando a interação social (BROWN et al., 2021, p. 150).
  4. Exoesqueletos e Andadores Robóticos: Dispositivos que assistem na locomoção, permitindo que alguns pacientes com lesões medulares recuperem a capacidade de caminhar e participem de atividades físicas (WILLIAMS et al., 2020, p. 103).
  5. Tecnologias de Acesso ao Computador: Dispositivos como mouses adaptados, teclados especiais e sistemas de rastreamento ocular permitem que indivíduos com limitações motoras utilizem computadores de forma eficiente (REYES et al., 2019, p. 134).

Essas tecnologias assistivas não apenas melhoram a funcionalidade diária, mas também contribuem para o bem-estar emocional e a inclusão social, oferecendo oportunidades para uma vida mais independente e satisfatória.

Para prevenir complicações secundárias em pacientes com lesões medulares, várias estratégias são essenciais:

  1. Gestão de Úlceras por Pressão: Mudanças frequentes de posição e uso de colchões e almofadas especiais ajudam a prevenir úlceras de pressão (SMITH et al., 2019, p. 67).
  2. Exercícios Regulares: Fisioterapia e exercícios ajudam a manter a força muscular e a mobilidade, prevenindo atrofia muscular e contraturas (JONES et al., 2020, p. 45).
  3. Cuidado Respiratório: Técnicas de fisioterapia respiratória e uso de dispositivos de assistência ventilatória são importantes para prevenir infecções pulmonares (BROWN et al., 2021, p. 34).
  4. Controle da Função Intestinal e Vesical: Programas regulares de cateterização e manejo intestinal ajudam a evitar infecções urinárias e constipação (WILLIAMS et al., 2020, p. 56).
  5. Monitoração da Saúde Óssea: Suplementação de cálcio e vitamina D, além de exercícios de carga, ajudam a prevenir a osteoporose (REYES et al., 2019, p. 78).
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