Esclerose múltipla

Sobre a Esclerose múltipla

A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune crônica que afeta o sistema nervoso central, causando a degradação da bainha de mielina, a substância que reveste e protege as fibras nervosas. Estas lesões resultam em interrupções na comunicação entre o cérebro e o resto do corpo. A EM pode variar em sua apresentação e progressão, com períodos de surtos e remissões, além de formas progressivas.

Sinais e Riscos

  • Fadiga/cansaço intenso e persistente;
  • Problemas de visão, como visão embaçada ou dupla;
  • Dormência ou formigamento nos membros;
  • Fraqueza muscular;
  • Problemas de coordenação;
  • Dificuldade para caminhar e manter o equilíbrio;
  • Tremores e espasmos musculares;
  • Problemas para engolir e falar;
  • Problemas de memória e concentração;
  • Depressão e alterações de humor;
  • Problemas de controle da bexiga e intestinos;
  • Dores crônicas;
  • Sensibilidade ao calor, que pode agravar os sintomas.

 

Os riscos associados à esclerose múltipla incluem:

  • História familiar de EM;
  • Fatores genéticos e ambientais;
  • Infecções virais que podem desencadear a resposta autoimune;
  • Deficiência de vitamina D e baixa exposição ao sol.

Avaliação no Instituto Carrer Reabilitação

A avaliação da Esclerose Múltipla no Instituto Carrer é abrangente e adaptada às necessidades individuais de cada paciente. Inclui:

  1. Histórico Clínico Detalhado: Coleta de informações sobre o início dos sintomas, surtos anteriores e tratamentos realizados.
  2. Exame Neurológico Completo: Avaliação da força muscular, reflexos, tônus muscular, coordenação, equilíbrio e função sensorial.
  3. Testes Funcionais: Análise das habilidades motoras e da capacidade de realizar atividades diárias.
  4. Exames de Imagem e Laboratoriais: Revisão de ressonâncias magnéticas (RM) e outros exames complementares para avaliar a extensão das lesões desmielinizantes.
  5. Plano Terapêutico Individualizado: Desenvolvimento de um programa de reabilitação adaptado às necessidades específicas do paciente e da família, com foco na melhora funcional e na melhora dos sintomas.

Tratamento:

O tratamento da esclerose múltipla no Instituto Carrer é focado em melhorar a funcionalidade e a qualidade de vida. Inclui:

  1. Exercícios de força muscular e Resistência: Para melhorar a força muscular, a resistência muscular e cardiorrespiratória e manejar a fadiga excessiva.
  2. Técnicas de Estimulação Elétrica: Uso de estimulação elétrica funcional (FES) para estimular os músculos fracos e melhorar a mobilidade, assim como outros dispositivos tecnológicos como o Compex 8.0.
  3. Treinamento de Marcha: Focado em melhorar a mobilidade e a segurança ao caminhar, utilizando a esteira neurofuncional com suporte parcial de peso quando necessário, além dos treinos de marcha em superfícies instáveis quando o paciente estiver mais avançado no tratamento e até mesmo em áreas externas.
  4. Reabilitação Cognitiva: Exercícios isolados ou combinados com atividades físicas para melhorar a memória, a concentração e outras funções cognitivas.
  5. Exercícios de Flexibilidade: Para manter a amplitude de movimento e prevenir contraturas e encurtamentos musculares que podem gerar dor e diminuir a mobilidade.
  6. Terapias de Relaxamento e Controle de Estresse: Métodos para ajudar a gerenciar o estresse e a ansiedade, que podem agravar os sintomas da EM, como técnicas de respiração, meditação, cromoterapia e aromoterapia.

 

No Instituto Carrer Reabilitação, a abordagem para o tratamento da Esclerose Múltipla é integral e personalizada, com o objetivo de proporcionar uma melhora significativa na qualidade de vida do paciente. Nossa equipe multidisciplinar trabalha para garantir que cada paciente receba um atendimento especializado, focado em melhorar a independência e a funcionalidade. O compromisso do Instituto é oferecer suporte contínuo e abrangente, adaptado às necessidades individuais, para promover a melhor recuperação possível.

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FAQ

Para monitorar a progressão da Esclerose Múltipla, os avanços recentes na utilização de biomarcadores incluem:

  1. Neurofilamentos de Cadeia Leve (NfL): Medidos no sangue e no líquido cerebrospinal, esses biomarcadores indicam dano axonal e são úteis para monitorar a atividade da doença e a resposta ao tratamento (Kuhle et al., 2019).
  2. Glial Fibrillary Acidic Protein (GFAP): Indica a ativação glial e pode prever a progressão da doença (Petzold et al., 2020).
  3. Oligoclonal Bands (OCB): Usadas para diagnosticar EM, novas técnicas estão refinando sua aplicação para monitoramento da progressão (Rojas et al., 2021).

A neuroplasticidade está sendo explorada na reabilitação de pacientes com Esclerose Múltipla através de:

  1. Terapias Baseadas em Realidade Virtual (RV): Estimulam o cérebro a reorganizar suas conexões, melhorando funções motoras e cognitivas (Rizzo et al., 2021).
  2. Treinamento Cognitivo Intensivo: Exercícios mentais intensivos que promovem a plasticidade sináptica e melhoram a função cognitiva (Chiaravalloti & DeLuca, 2020).
  3. Estimulação Magnética Transcraniana (EMT): Utilizada para modular a excitabilidade cortical, facilitando a neuroplasticidade e melhorando a recuperação funcional (Centonze et al., 2019).

As implicações do microbioma intestinal na Esclerose Múltipla estão sendo exploradas de várias formas:

  1. Modulação do Microbioma com Probióticos: Estudos sugerem que probióticos específicos podem reduzir a inflamação e modificar a progressão da doença (Miyake et al., 2020).
  2. Transplante de Microbiota Fecal (TMF): Utilizado experimentalmente para restaurar um microbioma saudável e potencialmente reduzir a atividade da doença (Schepici et al., 2021).
  3. Dieta e Nutrição: Dietas anti-inflamatórias e ricas em fibras são estudadas por seus efeitos na composição do microbioma e na modulação da resposta imune (Berer & Mühl, 2020).

A inteligência artificial (IA) está sendo utilizada para personalizar tratamentos em pacientes com Esclerose Múltipla através de:

  1. Análise de Big Data: IA analisa grandes volumes de dados clínicos para identificar padrões e prever a progressão da doença, ajudando a personalizar os tratamentos (Doshi-Velez & Kim, 2020).
  2. Modelos de Machine Learning: Utilizados para prever a resposta ao tratamento com base em características individuais, permitindo ajustes terapêuticos personalizados (Wang et al., 2021).
  3. Aplicativos de Saúde Digital: IA integrada em aplicativos móveis ajuda a monitorar sintomas e aderência ao tratamento, proporcionando feedback em tempo real para ajustes terapêuticos (Amato et al., 2021).

Os desafios éticos e logísticos na implementação de tratamentos personalizados para Esclerose Múltipla incluem:

  1. Privacidade dos Dados: Garantir a segurança e a privacidade dos dados dos pacientes é crucial, dado o volume de informações pessoais necessárias para a personalização (Geller, 2020).
  2. Equidade no Acesso: Assegurar que todos os pacientes tenham acesso igual às terapias personalizadas, independentemente de sua localização ou situação socioeconômica (Turner et al., 2021).
  3. Custos e Recursos: Os altos custos e a necessidade de infraestrutura avançada podem limitar a implementação ampla desses tratamentos (Kesselheim et al., 2019).
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