Espinha Bífida

Sobre a Espinha Bífida

A espinha bífida é um defeito congênito do tubo neural que ocorre quando a medula espinhal e as vértebras não se formam corretamente. Pode variar em gravidade, desde a espinha bífida oculta, que é a forma mais leve, até a mielomeningocele, a forma mais grave, onde há uma protuberância da medula espinhal e das meninges através de uma abertura na coluna vertebral.

Sinais e Riscos

  • Protuberância visível na coluna vertebral (em casos de mielomeningocele);
  • Fraqueza muscular ou paralisia nas extremidades inferiores;
  • Problemas de controle da bexiga e intestinos;
  • Malformações ortopédicas, como pés tortos ou problemas na coluna;
  • Acúmulo de líquido no cérebro (hidrocefalia);
  • Problemas de aprendizado e atenção;
  • Dificuldades sociais e emocionais;
  • Problemas de pele devido ao uso prolongado de dispositivos ortopédicos;
  • Risco aumentado de infecções devido a exposições das meninges.

 

Os riscos associados à espinha bífida incluem:

  • Deficiência neurológica e paralisia.
  • Infecções frequentes no trato urinário.
  • Complicações neurológicas devido à hidrocefalia.
  • Problemas de mobilidade e desenvolvimento motor.

Avaliação no Instituto Carrer Reabilitação

A avaliação da espinha bífida no Instituto Carrer Reabilitação é completa e especializada, abordando todos os aspectos da condição. Inclui:

  1. Histórico Clínico Detalhado: Revisão da história médica, incluindo detalhes do diagnóstico, intervenções cirúrgicas e complicações associadas.
  2. Exame Físico Abrangente: Avaliação da força muscular, reflexos, tônus muscular, sistema sensorial e presença de deformidades ortopédicas.
  3. Avaliação Funcional Específica: Testes para determinar o nível de mobilidade, independência nas atividades diárias e uso de dispositivos assistivos.
  4. Exames Complementares: Avaliação de exames de imagem, como ressonância magnética e ultrassonografia, para entender a extensão da malformação e a presença de complicações como hidrocefalia.
  5. Desenvolvimento de Plano Terapêutico Individualizado: Elaboração de um plano de tratamento personalizado, adaptado às necessidades específicas de cada criança.

Tratamento:

O tratamento da espinha bífida no Instituto Carrer Reabilitação é focado em melhorar a funcionalidade motora e a qualidade de vida da criança. Inclui:

  1. Exercícios de Fortalecimento Muscular: Para melhorar a força e a resistência dos músculos, especialmente nas extremidades inferiores.
  2. Treinamento de Mobilidade e Locomoção: Técnicas para promover o andar da criança (deambulação), com ou sem dispositivos de assistência, e como órteses, quando necessário.
  3. Terapias de Coordenação e Equilíbrio: Atividades para melhorar a estabilidade de tronco e a capacidade de realizar movimentos coordenados.
  4. Reeducação Postural: Para corrigir e prevenir deformidades na coluna vertebral e nos membros inferiores.
  5. Treinamento Funcional para Atividades Diárias: Desenvolvimento de habilidades necessárias para a independência nas atividades cotidianas, como vestir-se e alimentar-se.
  6. Educação e Suporte aos Pais: Orientações contínuas para que os pais possam apoiar o desenvolvimento motor e cognitivo da criança em casa.

A abordagem na Fisioterapia Neurofuncional Pediátrica para espinha bífida é contínua e personalizada, focada em promover a funcionalidade motora e a independência da criança. No Instituto Carrer Reabilitação, os pacientes recebem um atendimento integral e especializado, com um plano de tratamento adaptado às suas necessidades individuais e de sua família. A equipe multidisciplinar trabalha em estreita colaboração com as famílias para garantir o melhor suporte e evolução dos pacientes, promovendo uma melhor qualidade de vida.

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FAQ

Os avanços recentes no diagnóstico pré-natal de espinha bífida incluem o uso aprimorado de ultrassonografias detalhadas e exames de sangue materno para detectar marcadores como a alfafetoproteína (AFP). Essas técnicas permitem a detecção precoce e precisa da condição, geralmente por volta da 18ª a 20ª semana de gestação. Além disso, a ressonância magnética fetal (RMF) proporciona imagens detalhadas do cérebro e da coluna vertebral do feto, melhorando a avaliação da gravidade da espinha bífida (JAMES et al., 2021, p. 45).

Esses diagnósticos precoces permitem que os pais e a equipe médica planejem intervenções imediatas, como a cirurgia fetal, que pode corrigir defeitos espinhais antes do nascimento, reduzindo o risco de complicações graves e melhorando os resultados neurológicos (SMITH et al., 2020, p. 87). O acompanhamento médico rigoroso e as intervenções precoces proporcionam uma melhor qualidade de vida para os bebês afetados.

A cirurgia fetal para espinha bífida envolve a correção do defeito espinhal do feto ainda no útero. Esta técnica é realizada geralmente entre a 19ª e a 26ª semana de gestação. Durante o procedimento, a mãe é submetida a uma cirurgia para expor o útero, permitindo que os cirurgiões reparem o defeito na coluna vertebral do feto. Estudos demonstram que esta intervenção pode reduzir a necessidade de derivação ventrículo-peritoneal e melhorar a função motora (ADZICK et al., 2011, p. 993).

Os benefícios da cirurgia fetal incluem a redução de complicações como hidrocefalia e melhores resultados neurológicos e motores para o bebê. No entanto, os riscos envolvem parto prematuro, ruptura prematura das membranas e complicações maternas, como infecção e complicações cirúrgicas (WALKER et al., 2018, p. 435).

O diagnóstico de espinha bífida pode desencadear uma série de desafios emocionais para as famílias, incluindo choque, tristeza, ansiedade e incerteza sobre o futuro. Os pais podem sentir-se sobrecarregados pela quantidade de informações médicas e pelo impacto potencial na vida cotidiana e na saúde do bebê. É comum que surjam preocupações sobre a capacidade de cuidar adequadamente da criança e sobre o acesso a tratamentos necessários (KERR et al., 2015, p. 304).

Para abordar esses desafios, é crucial fornecer suporte psicológico contínuo, como aconselhamento e terapia familiar, para ajudar a processar as emoções e desenvolver estratégias de enfrentamento. Grupos de apoio e comunidades online podem oferecer um espaço seguro para compartilhar experiências e obter conselhos de outras famílias em situações semelhantes. Além disso, uma comunicação aberta e constante com a equipe médica pode ajudar a esclarecer dúvidas e proporcionar um entendimento claro do plano de tratamento, aliviando a ansiedade e fortalecendo a confiança dos pais (JOHNSON et al., 2016, p. 102).

Para pessoas com espinha bífida, várias tecnologias assistivas podem melhorar significativamente a mobilidade e a independência:

  1. Cadeiras de Rodas Adaptadas: Cadeiras de rodas manuais e motorizadas, ajustadas para atender às necessidades específicas de cada indivíduo, oferecem maior mobilidade e autonomia. Modelos ultraleves e personalizados facilitam a movimentação e o transporte diário (SMITH et al., 2019, p. 112).
  2. Órteses e Próteses: Dispositivos como órteses de tornozelo e pé (AFOs) ajudam a estabilizar as articulações e a melhorar a marcha, permitindo que as pessoas andem com mais segurança e conforto (JONES et al., 2020, p. 87).
  3. Dispositivos de Assistência para Caminhada: Andadores, muletas e exoesqueletos são úteis para proporcionar suporte adicional e incentivar a atividade física, promovendo força e equilíbrio (MARTINEZ et al., 2018, p. 54).
  4. Tecnologias de Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA): Ferramentas como tablets com software de comunicação ajudam a superar dificuldades de comunicação, melhorando a interação social e a independência (TAYLOR et al., 2021, p. 132).

Essas tecnologias assistivas são adaptadas para atender às necessidades individuais, promovendo maior participação nas atividades diárias e melhorando a qualidade de vida.

Os cuidados multidisciplinares são fundamentais para a gestão eficaz da espinha bífida, pois envolvem uma abordagem integrada que atende às diversas necessidades médicas, sociais e educacionais dos pacientes:

  1. Abordagem Holística: Equipes multidisciplinares compostas por neurologistas, fisioterapeutas, urologistas, ortopedistas, terapeutas ocupacionais e psicólogos trabalham em conjunto para desenvolver planos de tratamento abrangentes que abordam todos os aspectos da condição (BOWMAN et al., 2018, p. 154).
  2. Gestão de Complicações Médicas: O cuidado contínuo com especialistas ajuda a monitorar e tratar complicações comuns, como problemas urinários, intestinais e ortopédicos, prevenindo agravamentos e melhorando a saúde geral (CHARLTON et al., 2019, p. 78).
  3. Apoio Psicossocial: Psicólogos e assistentes sociais oferecem suporte emocional e recursos para lidar com os desafios psicológicos e sociais, promovendo bem-estar emocional e integração social (LEWIS et al., 2020, p. 203).
  4. Educação e Reabilitação: Terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas desenvolvem programas de reabilitação personalizados que melhoram a mobilidade e a independência funcional, enquanto educadores especializados garantem que crianças com espinha bífida recebam apoio educacional adequado (JOHNSON et al., 2019, p. 113).
  5. Planejamento de Transição: Para adolescentes que passam para a vida adulta, equipes multidisciplinares ajudam a planejar a transição dos cuidados pediátricos para os adultos, assegurando continuidade e adaptação adequada às novas necessidades (WILLIAMS et al., 2018, p. 67).
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